Descobertas Arqueológicas

RELEVO DA ÉPOCA DE TUTMÓSIS II Em julho de 2007 foi localizada na zona do Canal de Suez uma enorme fortaleza dos tempos faraônicos. Situada em Tell-Huba, inclui túmulos de soldados e cavalos e na antiguidade estava rodeada por um gigantesco fosso cheio de água. Ela está relacionada com a luta dos egípcios pela retomada do norte da Península do Sinai das mãos da força de ocupação dos Hicsos. A campanha contra os invasores foi descrita em relevos nas paredes do Templo de Karnak. Arqueólogos afirmaram que as descobertas revelam que as histórias gravadas na pedra são surpreendentemente precisas, inclusive no que diz respeito à arquitetura dessa fortaleza. O sítio arqueológico mostra as evidências dos edifícios exatamente como são mostrados nos relevos, bem como do fosso que cercou a fortaleza e das grandes vigas de madeira que o atravessavam. Esta descoberta é uma evidência concreta dos eventos descritos nos relevos de Seti I (c.1306 a 1290 a.C.) gravados na parede norte do salão hipóstilo do Templo de Karnak. Eles narram a campanha militar para esmagar rebeldes conduzida por aquele faraó no primeiro ano de seu reinado. Conhecida como Tharo ou Tjaru, as ruinas encontradas dessa fortaleza são do período da XVIII ou XIX dinastias (c. 1550 a 1196 a.C.). Entre as ruínas os arqueólogos descobriram relevos da época de vários faraós, inclusive Tutmósis II (c. 1492 a 1479 a.C.), Seti I e Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.). O forte durou por pelo menos mil anos depois da morte de Seti I, o que inclui os períodos de soberania de gregos e romanos. O relevo mostrado acima é do tempo de Tutmósis II, que parece ter sido o primeiro faraó a erguer o forte.

As paredes de tijolos de lama da construção tinham 13 metros de espessura, envolvendo uma área de 500x250 metros e com uma entrada com 12 metros de abertura no lado sul. Vinte e quatro atalaias, com 20 metros de largura e quatro metros de espessura cada uma, estavam distribuídas ao longo dos parapeitos e um profundo fosso circulava todo o complexo e nele, talvez, nadassem crocodilos. No interior da fortaleza havia fileiras de grandes silos guarnecidos por fortificações prórpias, para a eventualidade dos inimigos violaram as defesas exteriores. Os egípcios nunca foram derrotados neste local. Essa era a maior construção de um conjunto de 11 fortalezas, das quais apenas quatro foram encontradas, que se estendiam de Suez até a atual cidade de Rafah na fronteira do Egito com os territórios palestinos. Pois foi justamente próximo daquela cidade que foi encontrada a fortaleza, a qual era a fronteira leste da antiga cidade militar egípcia de Tharo e a porta de entrada do delta. Quem vinha do leste tinha que passar por ali obrigatoriamente para entrar no Egito e, portanto, o caminho também servia como ponto de entrada para comerciantes que vinham da Ásia. Foi ali que o antigo exército egípcio levou a cabo várias campanhas militares para defender a cidade situada no que era a fronteira leste do país na ocasião. Os ossos de seres humanos e de cavalos achados na área atestam dramaticamente a realidade daquelas batalhas. Veja também Cidades Soterradas.




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