Descobertas Arqueológicas

ESTATUETAS DO TÚMULO DE HENU Arqueólogos belgas descobriram a tumba intacta de um cortesão egípcio que viveu durante o Primeiro Período Intermediário (c. 2134 a 2040 a.C.). O achado foi feito, em maio de 2007, na necrópole de Deir al-Barsha, próximo da cidade de Minya, 225 km ao sul do Cairo. O homem chamava-se Henu. Sua múmia foi embrulhada em linho e colocada em um grande ataúde de madeira e num sarcófago decorado com textos hieroglíficos, dirigidos aos deuses Anúbis e Osíris. No lado direito do sarcófago há dois olhos pintados que permitiriam à múmia de Henu contemplar o sol nascente. Duas sandálias de madeira foram colocadas sobre o ataúde prontas para o defunto usar na vida após a morte. A tumba continha estatuetas pintadas e bem conservadas representando trabalhadores fazendo tijolos, mulheres com saias de linho preparando cerveja, fazendo pão e moendo grãos e, ainda, o modelo de um barco com remadores.

A estatueta da fabricação de tijolos, considerada pelos egiptólogos extremamente rara, mostra quatro homens: um trabalhando o barro com uma enxada; dois carregando uma bolsa com barro usando uma vara nos ombros; o último enfileirando os tijolos de lama acabados. O modelo do barco é grande e tem a proa e a popa em forma de lótus. Há dois grupos de remadores com cinco deles de cada lado, três homens parados na proa e um piloto à popa. Para encaixar o modelo entre a parede leste da câmara funerária e o sarcófago, os remos haviam sido colocados entre os homens da proa. Todos os 10 remos foram recuperados e repostos em suas posições originais nas mãos dos remadores. Todas as peças se destacam por toques realísticos e detalhes incomuns como, por exemplo, as mãos e os pés sujos dos fabricantes de tijolo. Duas destas estatuetas podem ser vistas na foto acima. Outra peça encontrada foi uma estátua do dono da tumba representado em pé e cujos detalhes de sua expressão facial confirmam o alto nível do artesanato.




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