Descobertas Arqueológicas

MÚMIAS DANIFICADAS Dezenas de múmias quebradas e até mesmo esmagadas foram descobertas no Vale dos Reis, em abril de 2014. Na tumba cortada na pedra, a de número KV40, haviam sido enterradas princesas, crianças, adolescentes e também mulheres estrangeiras. Na realidade, cerca de dois terços dos túmulos do Vale dos Reis não foram destinados aos faraós, mas pouco se sabe sobre a identidade de seus ocupantes. Ao escavarem o poço de quase sete metros de profundidade que dá acesso à tumba, os arqueólogos acharam cinco câmaras subterrâneas cheias de fragmentos de equipamento funerário e restos mumificados de pelo menos 50 pessoas, na maioria destruídos por ladrões de túmulos. Pesada camada de fuligem reveste as paredes e os conteúdos da tumba, resultado provável de incéndio causado pelas tochas dos saqueadores. Baseados em inscrições em vasos, os pesquisadores identificaram mais de 30 pessoas relacionadas com as famílias dos faraós Tutmósis IV (c. 1401 a 1391 a.C.) e Amenófis III (c. 1391 a 1353 a.C.), os quais também foram enterrados naquele vale. As inscrições citam pelo menos oito filhas reais até aqui desconhecidas, quatro príncipes e várias mulheres estrangeiras. Essas devem ter sido princesas que se casaram com os faraós como resultado dos matrimônios diplomáticos com os quais os reis marcavam alianças políticas. Curiosamente, foi encontrado um número notável de recém-nascidos e de crianças cuidadosamente mumificadas, mas que normalmente seriam enterrados de forma muito mais simplificada. O túmulo deve ter sido utilizado durante várias décadas para sepultamento de membros da família da corte real. Vários fragmentos de caixões de madeira e de cartonagens indicam que a tumba foi usada uma segunda vez muito tempo depois do vale ter sido abandonado como necrópole real: membros de famílias sacerdotais do IX século a.C. foram enterrados ali. Na foto, cujo © é de Matjaz Kacicnik, restos mumificados entre fragmentos de caixões, tecidos e vasos.



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