Descobertas Arqueológicas

MÚMIA DE TUTANKHAMON MÚMIA DE TUTANKHAMON Evidências circunstanciais levaram os egiptólogos a acreditar que Tutankhamon faleceu em consequência de uma queda que sofreu de uma de suas carruagens. Provavelmente em uma caçada no deserto o faraó foi derrubado de uma carruagem que corria em alta velocidade. Tomografias computadorizadas realizadas em 2006 haviam revelado que, pouco antes de falecer, o rapaz sofrera fratura acima do joelho esquerdo. Isso provavelmente causou uma infecção sanguínea mortal. Em 2007, análise de pelo menos duas das carruagens encontradas nas tumbas do faraó indicaram que elas não eram meramente cerimoniais e que apresentam sinais de desgaste. Há algo de gorduroso nas rodas, algo que torna fácil para a roda girar em seu eixo e esse movimento deixou profundas marcas na madeira.

Estes veículos eram destinados para caçadas, não para a guerra. Pode-se ver por seu desgaste que eram realmente utilizadas pelo faraó. Centenas de pontas de flechas encontradas na tumba também mostram evidências de terem sido arremessadas e recuperadas. Um conjunto de roupas achadas no túmulo sugere que ele mesmo estava acostumado a dirigir estas carruagens. Elas incluem um colete especialmente adaptado que protegeria os órgãos abdominais do usuário de qualquer dano em um acidente, ou dos violentos trancos de uma corrida em alta velocidade nesse tipo de veículo. Uma peça final de evidência é uma guirlanda de flores colocada ao redor do pescoço da múmia de Tutankhamon. Entre as flores aparecem a escovinha e a macela fétida, as quais estavam frescas na ocasião em que a decoração foi feita. Estas flores só podem ter sido colhidas entre meados de março e fins de abril, quando florescem. Como o processo complexo de mumificação durava 70 dias, isso provavelmente significa que Tutankhamon morreu em dezembro ou janeiro. Essa cronometragem coincide com meados da estação de caça do inverno. Em outras palavras, o rei menino teria morrido em consequência de um acidente ocorrido durante uma caçada no inverno e enterrado na primavera seguinte.

Arqueólogos estão concluindo que o faraó era um jovem que assumia alguns riscos em seus esportes, contradizendo a imagem de um menino doentio e super protegido que se tinha até agora. Essa imagem está mudando para a de um adolescente robusto e ativo que, provavelmente, era um desportista bem-treinado. Estão surgindo evidências de que o jovem era não apenas um bom arqueiro, mas também um bom cocheiro. Muitos artefatos representam Tutankhamon no ato de caçar. Afinal, ele veio da família dos Tutmósis, os quais ficaram conhecidos como homens militares e também caçadores. O faraó teria usado frequentemente uma carruagem, pois era comum para os soberanos do seu tempo se apresentarem como guerreiros poderosos e aproveitarem todas as oportunidades para realçarem a coragem física de que eram dotados. É provável, portanto, que ele tenha usado uma carruagem em exibições rituais de manejo do arco e flecha, em caçadas, e até mesmo em campanhas militares. Estima-se que as carruagens de sua época podiam alcançar velocidades consideráveis de até 40 km por hora e se uma delas tombasse nessa velocidade, seria fácil quebrar uma perna gravemente.




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