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PEDRA VERDE As pedras de cor verde tinham grande significado mágico para os antigos egípcios. Uma pedra verde brilhante, que pode ser vista na foto ao lado, foi encontrada dentro de uma bolsa de couro fossilizada envolta nas bandagens de uma criança que faleceu com cerca de 18 meses de idade. Esse achado ajuda a explicar por que os hieróglifos e textos históricos registram que as crianças egípcias usavam maquilagem da cor verde nos olhos. Também é mais uma evidência de que os antigos egípcios pensavam que a cor em si possuia energia sagrada que poderia beneficiar ou prejudicar as pessoas. Amuletos coloridos já aparecem na época pré-histórica do Egito, por volta de 4500 a.C. Apesar de suas formas pouco elaboradas, estes amuletos mais antigos dão uma boa indicação das forças perigosas que os egípcios mais primitivos sentiam estar presentes no seu mundo e que precisavam ser afastadas através de meios mágicos. Os testes revelaram que a pedra era chrisocola (silicato hidratado de cobre). Nos dias atuais a crisocola é usada como pedra ornamental e, em seus tons mais azulados, às vezes é confundida com turquesa. A malaquita (carbonato básico de cobre) era um mineral verde mais comum no Egito antigo, pois os minérios de crisocola estavam limitados a pequenas quantidades no Sinai e no Deserto Oriental do Egito. Crisocola pode ter tido significado especial para crianças, já que arqueólogos descobriram, anteriormente em outra sepultura, uma pequena figura de uma criança feita desse material verde. No Egito antigo o verde, sendo a cor da vegetação nova, inclusive do precioso papiro, foi relacionado à saúde e ao reflorescimento; o vermelho era a cor da vida e da vitória; o branco sugeria onipotência e pureza; o preto era símbolo da morte e da noite; o azul simbolizava vida e renascimento e o amarelo era visto como eterno e indestrutível, como o sol e o ouro. Assim, a intenção dos pais ao colocarem esse amuleto nas bandagens da criança foi a de que ela fosse protegida de influências indesejáveis e que fosse saudável em sua vida após a morte. Pena que ele não pode proteger a criança nesta vida.

CLEOPATRA Textos árabes medievais sugerem que a rainha Cleópatra VII teria sido uma brilhante filósofa, química e matemática, que teria escrito livros científicos e que se reunia semanalmente com uma equipe de cientistas. A informação se encontra num livro de Okasha El Daly, um egiptólogo do Museu Petrie de Arqueologia Egípcia de Londres. Ele acredita que os escritores árabes tiveram acesso em primeira mão a manuscritos de Cleópatra e, talvez, até mesmo a livros de sua autoria. Muitos destes textos não mais existem. O material teria se perdido no incêndio da biblioteca de Alexandria. O primeiro escritor árabe que se referiu a Cleópatra como cientista foi Al-Masudi, falecido em 956 d.C. Em seu livro, "Muruj", ele escreveu: Ela era uma sábia, uma filósofa que elevou o patamar dos eruditos e desfrutou da companhia deles. Ela também escreveu livros sobre medicina, sobre cosméticos e sedução, além de muitos outros livros atribuídos a ela que são conhecidos por aqueles que clinicam. Outros escritores árabes medievais também escreveram que haviam se impressionado com os projetos de construção da rainha. O livro árabe mais antigo a mencionar Cleopatra, uma história do Egito escrita pelo bispo egípcio John de Nikiou, afirma que os projetos de construção da rainha em Alexandria eram obras como nunca jamais se vira antes. Outro historiador árabe, Ibn Ab Al-Hakam, credita uma das maiores estruturas do mundo antigo, o Farol de Alexandria, a Cleopatra. El Daly esclarece que não se tratava apenas de um farol para guiar navios. Também era um telescópio magnífico com uma lente enorme que podia queimar os navios inimigos que se aproximassem para atacar o Egito. Outras antigas fontes árabes afirmam que Cleopatra criou uma receita para tratamento da queda de cabelo e que até mesmo estudava ginecologia. Ela teria conduzido experiências para determinar as fases de desenvolvimento do feto humano no útero. Em entrevista para o Discovery News, El Daly afirmou: Acima de tudo, Cleopatra era uma alquimista. Ela inventou uma ferramenta para analisar líquidos. Ela não estava trabalhando no vazio. Há ampla evidência de que muitas mulheres no Egito antigo atuavam como médicas e eram educadas em ciências. Na foto acima, pintura a óleo de propriedade de Michael Jackson representando Cleópatra.

FARAÓ FEITO DE LEGO A foto ao lado mostra um enorme faraó feito de peças Lego viajando pelo Tâmisa em direção a um parque temático existente em Londres. Essa réplica de um faraó egípcio é a maior estrutura já criada com o brinquedo, construída com 200.000 peças. Ela mede 4,9 m de altura e pesa mais de uma tonelada. Este é um dos maiores modelos já feitos usando peças Lego convencionais. Quatro especialistas neste tipo de montagem gastaram 2080 horas para completá-lo.

O BARCO MIN Uma equipe internacional de arqueólogos, construtores navais e marinheiros fabricaram uma réplica em escala natural de um barco de 3800 anos atrás e com ele velejaram no Mar Vermelho para recriar uma viagem para um lugar que os antigos egípcios chamavam de Punt, provavelmente a atual Etiópia ou Iémen. A embarcação, que foi batizada de Min, tem 20 metros de comprimento, 4,88 metros de largura e poderia ter levado uma carga de cerca de 15 toneladas, além de tripulação e suprimentos. A réplica moderna foi construída em apenas seis meses em um estaleiro egípcio. Ela foi produzida usando as técnicas dos antigos egípcios: nenhuma armação, nenhum prego e pranchas que foram projetadas para se ajustarem como os pedaços de um quebra-cabeça. Depois de imergir o barco no Nilo, para permitir que a madeira inchasse se fechando ao redor dos pontos de junção, montado o cordame e testado o sistema de navegação, eles transportaram de caminhão a embarcação inteira para o Mar Vermelho, ao invés de levá-la aos pedaços pelo deserto como os egípcios teriam feito. O projeto pretendia demonstrar a extraordinária capacidade da navegação marítima por parte dos egípcios e que eles não estavam apenas atrelados ao rio Nilo, mas que podiam também navegar no mar. Em dezembro de 2008 uma tripulação internacional com 24 pessoas iniciou a aventura. Limitações políticas bem como uma abundância de piratas modernos ao longo da extremidade sul da rota impediram a tripulação de deixar águas egípcias. A viagem terminou depois de sete dias e aproximadamente 150 milhas percorridas do total que se pretendia que fosse de 1000 milhas até Punt. A tripulação se surpreendeu com a velocidade que o barco podia atingir: cerca de sete milhas por hora. Isso significa que as viagens eram feitas em muito menos tempo do que os egiptólogos calculam e, portanto, eram mais simples e factíveis. Provavelmente levaria um mês para navegar até Punt e dois meses para retornar.
Veja também Navios Faraônicos e Barcos em Abido

JARRO CONTENDO PERFUME Que tipo de perfumes os antigos egípcios teriam usado? Cientistas do Museu Egípcio da Universidade de Bonn, na Alemanha, estão tentando responder a esta pergunta. A partir de resíduos encontrados no fundo de um frasco metálico selado pertencente à rainha Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.), estão procurando recriar o perfume usado por ela. Afinal, embora tenha reinado como um homem, preferia ter o cheiro de uma dama. É provável que um dos componentes fundamentais seja incenso, produto extremamente valioso na época, considerado como o cheiro dos deuses, e só usado para incensar os reis e as divindades nos templos. No Egito antigo os perfumes, sempre alguma espécie de óleo, eram produtos para a classe alta apenas. Embora o uso de perfume fosse comum entre as senhoras da alta-sociedade, nem elas usaram a rara planta de incenso. Para fazê-lo, os egípcios usavam flores locais, frutas e madeira aromática, emergindo os materiais em óleo não aromático até que o cheiro fosse absorvido pelo óleo. Durante seu reinado Hatshepsut enviou uma expedição a Punt, a moderna Eritréia, de onde trouxeram bens preciosos como ébano, marfim, ouro e incenso. Aparentemente a expedição trouxe árvores de incenso inteiras que foram plantadas nas redondezas do templo funerário da rainha. Frascos com este formato eram tradicionalmente usados para conter perfumes. Ele foi submetido ao Raio X e nas radiografias podem ser vistos claramente os resíduos dissecados de um fluido. Os sedimentos serão analisados, divididos em seus elementos constituintes e talvez até o perfume possa vir a ser reconstituído. Seria a primeira vez que se recriaria uma essência egípcia. Como o ser humano pouco se modificou ao longo dos séculos, muitos fabricantes de perfumes europeus já expressaram interesse em fabricar e comercializar a possível fórmula sob o nome de Hatshepsut ou Faraó, dando um enfoque publicitário que atraia as mulheres que detém poder hoje em dia.

ATUALIZAÇÃO

Em 2011, após dois anos de pesquisas, os cientistas descobriram uma substância carcinogênica no frasco, abrindo a possibilidade de que Hatshepsut tenha se envenenado acidentalmente. O frasco contém o tipo de ácidos gordurosos usados para aliviar as infecções de pele que ela sofria. Também foi encontrado benzopireno, um hidrocarboneto aromático presente na fumaça do cigarro e altamente cancerígeno, além de óleo de noz moscada e óleo de palma. Há algum tempo se sabe que a rainha sofria de câncer ósseo e deve ter morrido por isso em torno dos 50 anos de idade. Agora talvez tenha sido descoberto o que causou a doença. Se ela usou com regularidade a pomada contida no recipiente para aliviar a coceira causada por sua enfermidade crônica, pode ter se exposto a um grande risco ao longo dos anos.

BUSTO DE NEFERTITI Uma equipe de cientistas alemães examinou o famoso busto de Nefertiti através da tecnologia dos computadores e chegou a uma conclusão surpreendente. A análise do núcleo de pedra calcária daquela obra de arte sugere que talvez a aparência dela não tenha sido exatamente esta. Ao analisar as camadas mais profundas da peça, descobriram que a estrutura facial original do escultor tinha maçãs do rosto menos proeminentes, um leve inchaço no cume do nariz, rugas ao redor do canto da boca e bochechas, e menos profundidade nos cantos das pálpebras. Em outras palavras, o escultor melhorou o aspecto das maçãs do rosto da rainha, suavizou rugas e eliminou um leve inchaço no cume do nariz usando camadas exteriores de estuque de densidades variadas para isso. As modificações podem ter sido ordenadas pelo faraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.) para fazer com que o busto de sua esposa se adaptasse melhor aos ideais contemporâneos de beleza. Ou talvez o faraó tenha instruído o artista a criar a imagem da esposa como ele a via em sua mente.

RECIPIENTES COM VINHO Ervas dissolvidas em vinho foram descobertas na tumba do rei Escorpião, um dos primeiros faraós egípcios. Eles as usaram muitos séculos antes do conhecimento científico sobre remédios herbários dissolvidos em bebidas alcoólicas. A evidência foi descoberta em um jarro de vinho de uva datado de 3150 a.C. Papiros médicos posteriores, textos que descrevem antigos procedimentos médicos egípcios, são compatíveis com a descoberta. Os documentos relatam que os egípcios acrescentavam resinas e ervas no vinho, na cerveja e na água para uso como sedativos da dor, laxantes, diuréticos e afrodisíacos. O que se concluiu foi que, embora o vaso seja 1500 anos anterior ao mais antigo papiro farmacológico, na realidade já continha vinho medicinal. O fato é que a mistura de ervas e bebidas alcoólicas já era ministrada milênios antes do que as inscrições dos templos indicam. Ervas do Mediterrâneo oriental que se ajustam às substâncias químicas achadas no vinho são o coentro, a hortelã, a salvia, o sene, a carvalhinha, a segurelha, o tomilho e, ainda, a atanásia, a artemísia e resinas de árvores empregadas como conservantes. Muitos destes ingredientes são usados até hoje no Egito com as mesmas finalidades. Os investigadores não podem identificar positivamente cada erva encontrada, ou a combinação delas, porque não foram identificados bio marcadores únicos para elas. Além disso, embora prescrições registradas em papiro ofereçam um quadro detalhado do conjunto das drogas do antigo Egito, mais de 80% dos 160 nomes de plantas listados têm ainda que ser traduzidos. De muitos dos remédios sabe-se apenas que o ingrediente era algum tipo de planta, representada pela figura de uma folha ao término do nome. As ervas e especiarias também eram usadas para melhorar o sabor das bebidas e não apenas para fins medicinais. Considere-se, entretanto, que naquela época as pessoas precisavam ter alguma maneira de se proteger das doenças e se curarem, sendo este o modo primário de consegui-lo. O que os cientistas estão tentando descobrir é porque os antigos egípcios pensavam que estas ervas em especial eram medicalmente úteis e se elas são efetivas para o tratamento de câncer ou de outras doenças modernas. Os testes foram feitos em um dos vasos encontrados no túmulo do rei Escorpião em Abido.





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