O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed O Festival Heb-Sed

Introdução

Os Faraós como Deuses

Os Faraós como Guerreiros

Os Faraós como Governantes

Os Faraós como
Seres Humanos


Os Nomes
dos Faraós


O Poder
dos Faraós


A Justiça
dos Faraós


As Vestimentas
dos Faraós


As Sandálias
dos Faraós


O Casamento
dos Faraós


As Famílias
dos Faraós


A Corte
dos Faraós


O Palácio
dos Faraós


O Lazer
dos Faraós


Os Faraós no Além-túmulo

Os Faraós no Além-túmulo
Parte 2


Os Túmulos
dos Faraós


Mulheres
no Trono


Biografias
dos Faraós


Apêndices

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Ainda que considerado de natureza divina, o faraó, por sua natureza humana, estava sujeito à morte. Por isso existia um ritual, originado nos tempos pré-históricos e que perdurou até o Período Ptolomaico (304 a 30 a.C.), cujo objetivo era o de renovar a força do rei. Conhecido como festival Heb-Sed, era celebrado, teoricamente, após os trinta primeiros anos de reinado e a seguir em intervalos variáveis a cada três ou quatro anos. Nessa festividade, dramática e sombria, o rei passava por um sacrifício simbólico e público de morte e depois renascia para assegurar a fertilidade da terra. Por esse ritual se regenerava a força física e mágica do rei envelhecido, força com a qual ele poderia ainda, e por mais outro longo período, exercer seu papel de criador, como acontecia quando subiu ao trono. Tratava-se de um ritual altamente significativo para os egípcios, como atesta sua representação nos templos funerários reais desde o tempo do faraó Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.) até o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) e o elevado número de tais festas que a tradição nos transmitiu.

Em essência a festa consistia de procissões e cortejos diversos dos quais o faraó e seu séquito participavam, visitando os santuários do país. Os relevos mostram cenas nas quais o soberano, já rejuvenescido, acolhe e recebe as homenagens de delegações vindas de todos os cantos do Egito. Também se executavam determinados ritos que deviam atestar o novo domínio do rei sobre o mundo. Entre eles destacavam-se o lançamento de flechas nas quatro direções do céu e a corrida ritual do rei, paramentado com as insígnias da soberania, rito pelo qual o faraó demonstrava a recuperação da sua força. O faraó já praticara essa maratona durante a cerimônia de sua entronização e agora repetia o exercício. A corrida do rei acontecia num local apropriado, construído ao redor de seus edifícios funerários. Ao público presente era, assim, revelada a força física do rei e sua habilidade para governar usando suas capacidades corporais e mentais. Entre as cenas mais conhecidas dessa festividade estão as do faraó Djoser correndo ao redor de seu complexo mortuário, do qual vemos um aspecto na foto do alto desta página.