Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis Hieracômpolis

Introdução

Os Faraós como Deuses

Os Faraós como Guerreiros

Os Faraós como Governantes

Os Faraós como
Seres Humanos


Os Nomes
dos Faraós


O Poder
dos Faraós


A Justiça
dos Faraós


As Vestimentas
dos Faraós


As Sandálias
dos Faraós


O Casamento
dos Faraós


As Famílias
dos Faraós


A Corte
dos Faraós


O Palácio
dos Faraós


O Lazer
dos Faraós


Os Faraós no Além-túmulo

Os Faraós no Além-túmulo
Parte 2


Os Túmulos
dos Faraós


Mulheres
no Trono


Biografias
dos Faraós


Apêndices

HOME PAGE
LEÃO SENTADO Kom el-Ahmar, na margem ocidental do Nilo, que os gregos batizaram de Hieracômpolis, foi um centro populacional significativo desde o período pré-dinástico, ou seja, em época anterior a 3000 anos a.C. No local foram encontradas importantes ruínas do princípio do período dinástico. Uma das duas divindades guardiãs do faraó, a deusa abutre Nekhbet, pertencia a Hieracômpolis. Embora a localidade tenha sido um dos mais antigos centros urbanos do Egito antigo, sua importância declinou durante o período histórico. Aí os arqueólogos encontraram povoações e cemitérios pré-dinásticos; cidade e recintos de templos com ruínas de todos os períodos, particularmente do início do dinástico; túmulos cavados na rocha, da VI dinastia (c. 2323 a 2150 a.C.) até a XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.).

Antes de se chamar Kom el-Ahmar, que significa O Morro Vermelho, a cidade era conhecida como Nekhen. Ela teve um importante papel na mitologia egípcia e seu deus principal era um falcão, com duas grandes plumas na cabeça, chamado de Nekheny, o Nekhenita, desde muito cedo assimilado a Hórus. Antigo centro do terceiro nomo do Alto Egito, perdeu essa condição durante o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.), quando passou a fazer parte do território administrado pelo vice-rei de Kush.

Ao longo de cerca de três quilômetros no limite do deserto estendem-se as ruínas, entre elas uma estrutura de tijolos, cuja finalidade não se conhece ao certo, provavelmente do dinástico primitivo e batizada de A Fortaleza. Um túmulo descoberto pelos arqueólogos no final do século XIX estava decorado com uma notável pintura representando barcos, homens e animais. É possível que pertencesse a um dos chefes locais do fim do período pré-dinástico. Era um túmulo subterrâneo de pequenas proporções, mas foi perdido.

No início da I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.), a cidade, de forma irregular, conhecida por Kom el-Ahmar, substituiu a povoação mais antiga no limiar do deserto — explica o egiptólogo John Baines. O seu canto sul, que ocupa cerca de um sexto da área total, era o complexo de templos. Parcialmente descoberto entre 1897 e 1899, um templo de tijolos continha um montículo de areia revestido de pedras, talvez o protótipo do hieróglifo com o qual se escrevia o nome Nekhen. Um dos objetos encontrados nele foi o leão sentado, com 42,5 cm de altura, que vemos na foto do topo desta página. Em cerâmica com cobertura vermelho-brilhante, é provavelmente da III dinastia (c. 2649 a 2575 a.C.). Os principais benfeitores do local foram os faraós Narmer (c. 3000 a.C.) e Khasekhemwy, da II dinastia (c. 2770 a 2649 a.C.). Posteriormente, muitos dos objetos votivos que tinham sido oferecidos ao templo foram reunidos e depositados num esconderijo, chamado de Depósito Principal. Os arqueólogos não sabem quando e porque isso foi feito, mas talvez tenha sido devido a uma reconstrução do templo, ou à incerteza dos tempos.

Paletas, pontas de maças, vasos de pedra e figuras esculpidas em marfim, entre outros objetos, estavam depositados naquele local e datam da época dos faraós acima mencionados. Algumas peças que não possuem inscrições podem ser de um período posterior. No decorrer da VI dinastia (c. 2323 a 2150 a.C.) talvez tenham sido feitas alterações na estrutura do templo. Dessa época foram descobertas duas grandes estátuas de cobre representando Pepi I (c. 2289 a 2255 a.C.) e Merenre (c. 2255 a 2246 a.C.); uma estela de granito representando um dos faraós Pepi na companhia de Hórus e Hátor; uma base de estátua de Pepi II; a cabeça de uma imagem de ouro de um falcão.