Descobertas Arqueológicas

ESQUELETO DE QENAMUN Em maio de 2014 descobriu-se que um esqueleto que estava guardado numa caixa de papelão no depósito do Museu de História Natural da Universidade de Pisa, na Itália, era o de Qenamun, um irmão de leite do faraó Amenófis II (c. 1427 a1401 a.C.). Uma pintura em sua tumba mostra a mãe dele, Amenemipet, sustentando no colo o menino que seria o futuro faraó Amenófis II, de quem ela era a principal ama-de-leite. Os dois cresceram juntos e a amizade persistiu na vida adulta. Qenamun veio a desfrutar de elevada posição e de considerável poder. Ele não só era o administrador chefe do rei, como também foi designado intendente de Perunefer, base naval e o porto mais importante do norte do Egito. O esqueleto mostra restos de tecido enegrecidos perto das articulações, o que indica que foi mumificado. Ele tinha quase 1,80 m de altura e faleceu por volta dos 30 anos de idade. O crânio, curiosamente, apresenta uma inscrição em tinta preta declarando que esta foi uma das múmias trazidas do Egito por Ippolito Rosellini. Esse egiptólogo italiano visitou o Egito em 1828 com Champollion, que acabara de decifrar a Pedra de Roseta. Rosellini e sua equipe descobriram cinco tumbas intatas na necrópole de Tebas, entre as quais a de Qenamun que era grande e muito bem decorada. Ao voltar, no ano seguinte, ele trazia 1878 peças egípcias: 660 conseguidas em escavações, entre as quais 11 múmias, e 1218 compradas.

CAIXÃO DE QENAMUN Segundo um relatório de Rosellini, essa múmia viajou dentro de um lustroso caixão preto com inscrições hieroglíficas em amarelo e o corpo estava intacto em suas bandagens. O ataúde sem tampa e muito danificado estava quase esquecido nos depósitos do Museu Egípcio de Florença. A pintura confirma que seu proprietário era Qenamun. Provavelmente o caixão e a múmia foram severamente danificados durante a viagem de Alexandria, no Egito, para Livorno, na Itália. Diante desse fato, o egiptólogo italiano doou o cadáver para seu amigo Paolo Savi, então diretor do Museu em Pisa, para que pudesse ao menos ser útil para a ciência, e o ataúde foi parar em Florença. Acima, foto do caixão em fase de restauração.




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