Perguntas Interessantes
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Gostaria de saber a qual dos dois reinos (Alto ou Baixo Egito) pertencem as coroas vermelha e branca dos faraós egípcios. |
R – A Coroa Branca (hedjet), na ilustração ao lado na cabeça de Tutankhamon, correspondia ao Alto Egito e a Coroa Vermelha (decheret) ao Baixo Egito. Elas transformaram-se em uma só, a Coroa Dupla (pschent), depois que as duas terras foram unificadas. Durante as batalhas ou por ocasião de cerimônias militares, o rei usava uma Coroa Azul de Guerra (kheprech). |
Gostaria de ter informações sobre a III dinastia egípcia, porque estou fazendo uma pesquisa. |
R – Posso informar-lhe que os faraós daquela dinastia foram: Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.) Sekhemkhet (c. 2611 a 2603 a.C.) Khaba (c. 2603 a 2599 a.C.) Huni (c. 2599 a 2575 a.C.) Djoser ficou famoso por ter mandado construir a pirâmide de degraus em Saqqara, que é o mais antigo edifício de pedra daquelas dimensões do mundo. Sua época foi vista, mais tarde, como uma idade de ouro do empreendimento e do saber. Sekhemkhet pretendia construir um monumento mais grandioso que o de Djoser, mas o empreendimento, conhecido atualmente como a pirâmide enterrada, quase não passou do nível do chão. Após o seu reinado seguiu-se um período obscuro para os arqueólogos. Ao faraó Khaba é atribuída a construção de uma pirâmide na localidade de Zawyet el-Aryan, conhecida como pirâmide em camadas. Finalmente, acredita-se que Huni foi o faraó responsável pelo início da construção da pirâmide de Meidum, a qual, entretanto, ficou inacabada, tendo sido concluída por seu sucessor, Snefru. |
Eu gostaria de ter alguma informação sobre os faraós da XVII dinastia. Não acho em lugar algum! |
R – Não é de estranhar que você não tenha encontrado informações sobre os faraós da XVII dinastia, uma vez que esta é uma das menos conhecidas dentre as 30 dinastias de que se tem notícia. O que posso lhe dizer é que ela se estendeu, aproximadamente, de 1640 a 1550 a.C. e foi formada por numerosos faraós tebanos. Eis os nomes de alguns deles: Nubkeperre Sebekemzaf I Nebireyeraw Sebekemzaf II Tao I Tao II Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.). Com Seqenenre Tao II, os tebanos começaram a luta para expulsão dos Hicsos. O primeiro episódio da batalha só é conhecido através de uma história da época do Império Novo: a Querela de Apophis [rei dos Hicsos] e de Seqenenre. A múmia desse faraó mostra que ele morreu de morte violenta, talvez em batalha. Duas estelas do seu sucessor, Kamósis, descrevem importantes escaramuças entre Tebas e os Hicsos, que se aliaram aos reis núbios. Kamósis chegou quase até Avaris, capital dos Hicsos, e estendeu as suas campanhas, a sul, até Buhen, mas nada sabemos dele após o terceiro ano. Foi o sucessor de Kamósis, Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.), já da XVIII dinastia, que expulsou finalmente os Hicsos, por volta de 1532 a.C. — muitos anos depois das tentativas de Kamósis. |
Estou fazendo um trabalho sobre a medicina no Egito antigo e não acho material em lugar algum. Caso você tenha uma dica seria bem vinda. |
R – Acesse minha home page e consulte, na seção Vida Cotidiana, o item As Ciências. Aí, com certeza, encontrará as informações de que necessita para o trabalho. Não deixe de clicar também em dois links daquela página — mumificação e ginecologistas — pois eles lhe fornecerão dados adicionais e muito interessantes. |
Gostaria de saber qual é o idioma falado no Egito nos dias de hoje e qual o falado no antigo Egito, mais precisamente na época de Ramsés II, XIX dinastia. |
R – Com relação ao Egito atual, saiba que sua população é constituída de 93% de muçulmanos e que sua escrita, língua e costumes são árabes. Os arqueólogos denominam de egípcio médio a língua falada na corte egípcia no decorrer do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C. - XI a XIV dinastias). Ela sobreviveu como língua escrita até o final da civilização egípcia antiga e como língua falada modificou-se gradualmente e o egípcio médio passou a ser considerado uma língua clássica pelos próprios egípcios e continuou a ser usada em certos contextos devido ao seu prestígio e status sagrado. A maioria dos textos escritos em hieróglifos foram redigidos em egípcio médio. No Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C. - XVIII a XX dinastias) a evolução da língua falada nos anos anteriores resultou numa linguagem modificada que os estudiosos denominam de egípcio tardio. Ela foi empregada nos documentos hieráticos da XIX e XX dinastias. Nos séculos VII e VI a.C. o demótico suplantou o egípcio tardio como língua falada no Egito. No segundo século da era cristã textos mágicos egípcios começaram a ser escritos com letras gregas e a partir do século IV adotou-se o copta que, gradualmente, cedeu lugar ao árabe após 640 d.C. |
Com relação aos símbolos egípcios, gostaria de saber o que significa aquela figura do olho. |
R – O olho é o símbolo mais comum no pensamento egípcio e o mais estranho para nós. A afirmativa é do professor T. Rundle Clark que no seu livro Símbolos e Mitos do Antigo Egito ensina que ele era sempre símbolo da Grande Deusa, qualquer que seja o nome que ela possa ter tido em qualquer caso particular. A palavra egípcia para essa simbologia era Uedjat, que significa A Vigorosa. Aquele autor ainda afirma que a ampla difusão do símbolo do olho deve ter se baseado na experiência cotidiana. A maioria das pessoas era sensível à força e à vitalidade que parecem residir no olho. O olho tornou-se símbolo da força destruidora, da luz cegante, do fogo e das emoções como a ira e a fúria incontroláveis. A mitologia conta que o Olho do Deus Supremo foi enviado em importante missão. A palavra olho em egípcio é um substantivo feminino e, assim, o olho é a filha do Deus Supremo. Quando voltou da missão, descobriu ter sido suplantada na face do Supremo por um olho substituto. Irado o olho derramou lágrimas e daí adveio toda a humanidade sendo, portanto, o olho também a Deusa Mãe. Em síntese: o Olho do Deus Supremo é a Grande Deusa do Universo em seu aspecto terrível. Ele é a força de ataque do Deus Supremo em todas as suas manifestações. O olho é também a Deusa Mãe, porque toda a humanidade veio das lágrimas do olho. |
Gostaria de receber informações, se possível, sobre Néftis, irmã de Ísis. |
R – Segundo a mitologia egípcia, Geb, o deus-Terra e Nut, deusa do céu, geraram quatro deuses: Osíris e sua esposa Ísis, Seth e sua esposa Néftis. Esses seis deuses citados e mais o deus Shu, personificação do ar, a deusa Tefnut, personificação do orvalho e ainda Rá, o deus-Sol, o deus supremo, formavam os Nove (enéade) de Heliópolis, a mais importante congregação de deuses do panteão egípcio. A deusa Néftis representou importante papel nesse panteão pois, apesar de ser esposa de Seth, inimigo de Hórus, permaneceu solidária com sua irmã Ísis quando Osíris foi assassinado e os pedaços de seu corpo espalhados por todo o Egito. Ela é sempre representada, juntamente com Ísis, ao lado de Osíris no salão onde se realizava o julgamento dos mortos. Ela era também uma das quatro deusas guardiãs dos vasos canopos. Veja no meu site, na seção Panteão Egípcio, que você pode acessar a partir da home page, outras informações sobre essa deusa, inclusive seu nome escrito em hieróglifos, bem como sobre os demais deuses citados nessa resposta. |
Gostaria de saber se possuis alguma informação sobre Ramsés II. |
R – Ramsés II foi considerado o maior faraó egípcio. Teria subido ao
trono com apenas 16 anos de idade (veja a resposta seguinte). Embora tivesse outros irmãos de sangue mais velhos, quando seu pai morreu tomou o poder, afirmando que seu pai o destinara ao trono desde o princípio. Seu reinado durou 67 anos e durante esse período o Egito manteve-se sempre em pleno desenvolvimento. Um dos feitos mais marcantes desse faraó foi a famosa batalha de Kadesh, na qual ele enfrentou os hititas e que teve um desfecho indeciso, mas Ramsés a fez representar em seus monumetos como uma grande vitória. Ele cobriu o Egito de templos e estátuas, além de usurpar monumentos de reis anteriores. São especialmente famosos os seus templos rupestres (escavados na rocha) da localidade chamada Abu Simbel (Núbia), os quais foram transportados para outro local quando se construiu a barragem de Assuão. A título de curiosidade, saiba que esse faraó teve — segundo os historiadores afirmam — mais de 160 filhos! Seu primogênito, de nome Khaemouast e grande sacerdote do deus Ptah, morreu no ano 55 do longo reinado de Ramsés II e, assim, outro filho do faraó, Merneptah (c. 1224 a 1214 a.C.), subiu ao trono do Egito. Ele era o 14º da linha sucessória e, portanto, havia uma dúzia de príncipes separando-o do trono, mas não há provas de que ele tenha feito algo para superar esse obstáculo. Supõe-se que teria assumido o poder já com 60 anos de idade, embora não haja certeza a esse respeito. |
Tenho lido informações divergentes sobre a idade com a qual Ramsés II assumiu o poder. Poderia me esclarecer? |
R – Realmente os autores não são unânimes a esse repeito: falam de 16, 18 ou até 22 anos. Pesquisei a opinião de Pierre Montet — um dos mais conceituados egiptólogos, com vários livros publicados — e ele afirma que Ramsés II reinou por 67 anos, o que é atestado, principalmente, por uma estela na qual Ramsés IV deseja a si mesmo um reinado tão longo quanto os 67 anos de reinado de Ramsés II. E Montet prossegue: Sempre estará faltando alguma coisa com relação a essas afirmativas cronológicas. Não sabemos nem mesmo a data da sua ascensão ao trono ou a data do seu nascimento. Existem ainda maiores causas de incerteza, pois Ramsés II era o segundo filho de Seti I, e tornou-se príncipe herdeiro apenas com a morte do seu irmão mais velho. |
Li sobre a cidade de PI-Ramsés nos livros de Christian Jacq e gostaria de saber se tal cidade realmente existiu e, em caso afirmativo, qual é o nome dela na atualidade. |
R – A cidade de PI-Ramsés realmente existiu. Seu nome significa Casa de Ramsés e estava localizada na região do Delta oriental, próximo da moderna aldeia de Qantir, situada a 120 quilômetros ao norte do Cairo. Para lá Ramsés II transferiu a capital do Egito, pois o centro econômico e internacional do país havia se deslocado para o Delta e também porque sua família era originária daquela região. Em PI-Ramsés ou Per-Ramsés localizava-se o palácio dos raméssidas, de suntuosidade impressionante e que dispunha, inclusive, de um enorme zoológico. As paredes interiores do palácio eram decoradas com lindíssimos mosaicos de cerâmica. Foi daí que Ramsés II partiu, no quinto ano do seu reinado, em campanha contra os Hititas. Em 1998, arqueólogos encontraram as ruínas da cidade soterrada sob dunas e, usando sensores magnéticos e computadores, fizeram um desenho fiel da disposição de suas ruas, casas e palácios. Acredita-se que serão necessários 20 anos de escavações para desenterrar os principais setores da cidade, que ocupa uma área de cerca de 240 acres repleta de templos, agradáveis moradias, oficinas, estrebarias e outros edifícios. |
Procuro alguma coisa sobre o Faium (local onde encontraram as primeiras provas da agricultura sedentária praticada pelo homem primitivo). |
R – O Faium é uma extensa região à beira de um lago, localizada a oeste do vale do Nilo e ao sul de Mênfis. O faraó Amenemhet I, da XII dinastia, que reinou entre 1991 e 1962 a.C., transportou para a região do Faium a sua capital, ganhando assim um 450 km de novos terrenos cultiváveis. A nova capital foi estabelecida na cidade de Iti-tauí. Os faraós da XII dinastia construíram suas pirâmides em localidades próximas a esta capital. Atribui-se a Amenemhet III (1844 a 1797 a.C.), também da XII dinastia, a construção de um imenso palácio e obras de drenagem e colonização agrícola naquela região. Em conjunto, os reis da XII dinastia trouxeram prosperidade ao Egito, restaurando o poder do faraó e voltando-se para a valorização do solo do país, sobretudo no Faium, do qual tais soberanos fizeram um verdadeiro oásis e, à sua volta, construíram suas residências. |
Sei que existe no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio, uma múmia de mulher enfaixada com os braços separados do resto do corpo. Li em algum lugar que existe uma múmia de homem com as mesmas características. Poderia me esclarecer? |
R – A múmia dessa mulher, provavelmente uma princesa, do período romano, é um dos maiores destaques daquele museu, justamente porque a maneira pela qual foi embalsamada, com as pernas e braços livres, a torna extremamente rara. Ao que se saiba, há somente outras sete múmias enfaixadas desse modo, abrigadas em museus europeus. Há três na Inglaterra, duas em Liverpool, ambas femininas, e uma masculina no Museu Britânico de Londres; outras três na Holanda, em Leiden, e uma na França, de uma criança, no Museu Calvet em Avignon. Pelo que dizem os documentos do Império, D. Pedro I, em 1827, aconselhado por José Bonifácio, mandou arrematar em hasta pública cinco múmias e outros objetos egípcios e doou-os àquele Museu. As múmias estavam encerradas em ataúdes de sicômoro e, além delas, também faziam parte do lote vários amuletos, ânforas, estelas, cabeças, mãos e pés humanos, bem como corpos de animais mumificados. O vendedor, um italiano chamado Nicolau Fiengo, recebeu dos cofres públicos cinco contos de réis, pagos em três parcelas com vencimentos de 6, 12 e 18 meses após a data da compra. |
Gostaria de saber se as histórias bíblicas do antigo Egito (José, Moisés, o filme Os Dez Mandamentos) são verídicas ou contos hebraicos. |
R – Saiba que os fatos relatados nas histórias bíblicas sobre José, Moisés, ou até mesmo no filme Os Dez Mandamentos estão históricamente comprovados. É claro que em toda obra de arte (livro, vídeo, filme, etc.) existe sempre uma certa liberdade na criação, mas o cerne destas histórias é verdadeiro. Se desejar aprofundar-se no assunto, procure o livro E a Bíblia Tinha Razão, de Werner Keller, da Editora Melhoramentos. |
Quem era o faraó no tempo em que se deu o êxodo dos hebreus do Egito? |
R – Os autores não são unânimes com relação a esta questão. Muitos consideram que aquele fato teria ocorrido durante o reinado de Ramsés II (c.1290 a 1224 a.C); outros acham que aconteceu aproximadamente entre 1306 e 1290 a.C., época do faraó Seti I. Já o eminente egiptólogo Pierre Montet discorda dessas teses. Ele situa o êxodo dos filhos de Israel no decorrer do reinado de Merneptah (c. 1224 a 1214 a.C.). Por sua vez, livros espíritas afiançam que revelações mediúnicas apontam esse último faraó como contemporâneo de Moisés, tendo sido ele, portanto, que suportou as pragas e viu seu exército sucumbir no Mar Vermelho. Por outro lado, chegou-se mesmo a dizer que o êxodo não passou de um mito popular, sem fundamento histórico, e que Moisés era uma figura puramente simbólica. A verdade é que nenhum documento egípcio menciona fatos tão espetaculares e a Bíblia não cita o nome do faraó sob cujo reinado teria acontecido a fuga. |
Queria saber se nos papiros egípcios há algum relato sobre José, filho de Jacó, como nos conta a Bíblia Sagrada. |
R – Nos papiros egípcios não há referências àquele personagem. Aliás, faltam vestígios sobre a estada de Israel no Egito.
É muito de se estranhar pois, tendo sido ele grão-vizir do faraó, era um homem poderoso no Nilo. Infelizmente, porém, não só nada foi encontrado sobre José, mas também não foi descoberto qualquer documento ou monumento sobre esse período. Na realidade, há um vazio de informações no período que medeia entre os anos 1730 e 1580 a.C. em função da invasão dos hicsos e talvez isso explique a falta de informações. Foi justamente nessa época turbulenta de domínio estrangeiro que teve lugar a história bíblica de José e a estada dos filhos de Israel no Egito. Entretanto, há provas indiretas da autenticidade da história de José. Se desejar aprofundar-se no assunto, procure o livro E a Bíblia Tinha Razão, de Werner Keller, da Editora Melhoramentos. |
Poderia me enviar informações sobre Moisés? |
R – A Bíblia afirma que Moisés era um judeu da tribo de Levi, recolhido pela filha do faraó nos canaviais do Nilo. Sua mãe ali o colocara para que a princesa o encontrasse e o adotasse, salvando-o, assim, da perseguição do faraó às crianças masculinas do povo de Israel. O nome pode ser egípcio se considerarmos a presença do elemento "m-s" que significa filho de. Talvez o nome fosse Hep-mosis, filho do Nilo, tendo o prefixo de origem desaparecido na tradição hebraica. Maneton, sacerdote egípcio a quem devemos as informações mais exatas sobre as dinastias faraônicas, afirma que Moisés foi um sacerdote de Osíris. Já adulto, narra a Bíblia, Moisés matou um egípcio que maltratava um hebreu e foi obrigado a fugir para Madiã, região próxima ao monte Sinai. Lá casou-se com Séfora, filha de Jetro, um sacerdote madianita. Foi lá, também, que recebeu a mensagem divina e a missão de retirar os filhos de Israel do Egito. Diante da intransigência do faraó que não quis permitir a saída dos hebreus, Deus enviou as dez pragas e só depois, então, tiveram permissão para a retirada. Entretanto, quando os hebreus já haviam iniciado a sua marcha, o faraó arrependeu-se de tê-los libertado e, à frente de 600 carros escolhidos e equipados com tropas de escol, foi-lhes ao encalço. Alcançou-os às margens do Mar Vermelho e foi então que Moisés, obedecendo às ordens do Senhor, levantou o seu cajado e estendeu a mão sobre as águas dividindo-as ao meio e permitindo que os filhos de Israel caminhassem a pé enxuto pelo meio do mar. Depois que o exército egípcio penetrou pelo centro da imensa massa de água fendida, novamente Moisés estendeu a mão sobre ela e o mar, em seu refluxo, cobriu os carros e os cavaleiros de todo o exército do faraó. Não escapou um só deles. A Biblia também conta que, no monte Sinai, Moisés recebeu diretamente de Javé as Tábuas da Lei, ou seja, os Dez Mandamentos, e que todo o povo de Israel vagou pelo deserto por 40 anos, ao fim dos quais chegaram a Canaã. Moisés, então com 120 anos, não entrou na Terra Prometida, mas avistou-a de longe antes de morrer. |
Gostaria de saber sobre as 10 pragas do Egito! Quais são? Existe alguma possibilidade delas terem ocorrido realmente?? |
R – As 10 pragas do Egito são as seguintes: 1) Toda a água do Nilo se transformou em sangue; 2) As rãs invadiram e cobriram toda a terra do Egito; 3) Os mosquitos invadiram e cobriram toda a terra do Egito; 4) As moscas invadiram e cobriram toda a terra do Egito; 5) Uma peste mortal atacou todos os cavalos, jumentos, camelos, bois e ovelhas; 6) Homens e animais ficaram cobertos de úlceras e pústulas; 7) Chuva de granizo e raios mataram tudo o que se achava nos campos; 8) Os gafanhotos invadiram e cobriram toda a terra do Egito; 9) Trevas espessas cobriram toda a terra do Egito por três dias; 10) Morreram todos os primogênitos dos egípcios, inclusive dos animais. Todos os detalhes você pode ler na Bíblia, Livro do Êxodo, capítulos 7 a 11. Sobre a possibilidade delas terem ocorrido realmente, respondo que no livro de Werner Keller intitulado E a Bíblia Tinha Razão, lemos o seguinte: O granizo é raríssimo no Egito, mas não desconhecido. As nuvens de gafanhotos são um flagelo típico das regiões do Oriente. O mesmo se dá com as trevas súbitas. O simum é um vento ardente que arrasta consigo grandes massas de areia. Estas escurecem o sol, dando-lhes uma cor baça e amarelada e fica escuro em pleno dia (ilustração acima). Só para a morte dos primogênitos não há explicação. O autor não se refere às outras seis pragas. |
A Bíblia diz que o rei Salomão, filho de Davi, casou-se com a filha de um faraó. Você sabe me dizer qual era o nome desse faraó? |
R – Salomão, cuja sabedoria — segundo a Bíblia — excedia a toda a sabedoria do Egito, casou-se, por razões políticas e diplomáticas, com a filha do faraó do Egito seu contemporâneo, o qual os historiadores acreditam tenha sido Psusennes II, último faraó da XXI dinastia, que reinou de 959 a 945 a.C. E, ainda segundo a Bíblia, o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha do faraó, as moabitas, as amonitas, as edomitas, as sidônias e as hititas. |
Gostaria de obter informações sobre Cleópatra, em português, e até o momento não consegui. Será que, como estudiosos do assunto, poderiam me ajudar? |
R – Cleópatra VII Filopátor era filha de Ptolomeu Aulete que faleceu em 51 a.C.
Nessa época ela estava com aproximadamente 18 anos e subiu ao trono do Egito associando a ela seu irmão mais novo, Ptolomeu XIII. Cleópatra, cujo nome significa glória de seu pai, era, afirmam os historiadores, irascível, bela (?), enérgica, despótica, ávida de poder, mas detestável na corte e perante os súditos. Através de uma intriga palaciana, acusaram-na publicamente de tentar assassinar seu irmão. Ela então fugiu para junto das tribos árabes do deserto oriental, que já conhecia bem, e lá permaneceu até recrutar um exército. Quando tentou voltar a Alexandria, em 48 a.C., a armada de Ptolomeu a esperava. Enquanto as duas armadas se preparavam para o combate, o general romano Pompeu, fugindo de César que o derrotara em Farsália, chegava ao Egito para pedir socorro. Para ganhar as graças de César, os partidários de Ptolomeu resolveram assassinar Pompeu e assim o fizeram. Em outubro daquele ano Júlio César chegou ao Egito e ficou indignado com o que tinham feito a Pompeu. Cleópatra não desconhecia que suas possibilidades de retornar ao trono egípcio dependia de manter boas relações com o poderoso império romano. Ao saber que César estava no palácio de Alexandria, não podendo entrar no local sem ser vista e presa, fez com que um de seus servos a levasse até o general romano enrolada em cobertores oferecidos como presente. Com seu estratagema e seu encanto, cativou aquele homem de 52 anos de idade e ele a ajudou a retomar o trono egípcio das mãos de seu irmão Ptolomeu XIII, que acabou morrendo em combate. Cleópatra tornou-se soberana do Egito e associou ao trono seu irmão mais novo, Ptolomeu XIV. Se ela se apaixonou por César, viu nele também a oportunidade de realizar o seu sonho de fortalecimento do Egito. Quando o filho de Júlio César e Cleópatra nasceu, ela deu-lhe o nome de Cesário, pequeno César. A partir daí seu sonho passou a ser o de ver o filho como imperador de Roma, dominando, portanto, boa parte do mundo conhecido daquela época. Não demorou muito para que Ptolomeu XIV morresse, talvez envenenado por Cleópatra, e a rainha nomeou seu filho co-regente com o nome de Ptolomeu XV Cesário. Quando César retornou a Roma, ela seguiu-o com seu filho e viveu na vila que ele mandou construir para ela e onde a visitava constantemente. Quando Júlio César, em 44 a.C., foi assassinado pelos senadores romanos receosos de que ele se tornasse um déspota, os sonhos de Cleópatra ruíram e ela retornou ao Egito. O assassinato de César provocou uma guerra civil e o poderio romano foi dividido, tendo Marco António se tornado governante do império oriental. Ele intimou Cleópatra a comparecer em Tarso, na Ásia Menor, para responder às acusações de que ela havia ajudado os inimigos dele. Naquela ocasião Cleópatra, como muitos naquele tempo, achou que Marco António seria o próximo grande governante do império romano. Os sonhos que tinha em relação ao seu filho e ao Egito renasceram. Ela embarcou em seu famoso e magnífico batel fluvial e chegou a Tarso vestida de Venus. Deu as boas-vindas a Marco António com festas e divertimento e encantou o general romano como havia feito com César. Fascinado por ela, ele seguiu-a até Alexandria. Depois de passar um festivo inverno com a rainha, Marco António retornou a Roma. Casou-se com Otávia, irmã de Otaviano, seu rival no domínio do império romano, embora ainda amasse Cleópatra que lhe havia dado filhos gêmeos. Quando retornou ao oriente, em uma expedição contra os Partos, mandou buscá-la e se casaram. Otaviano ficou furioso, voltou a opinião pública romana contra Marco António e declarou guerra a Cleópatra. A rainha egípcia e o general romano reuniram 500 navios, mas esta armada foi cercada e derrotada por Otaviano na costa ocidental da Grécia. Nessa famosa batalha de Áccio, ocorrida em 31 a.C., Cleópatra conseguiu furar o bloqueio estabelecido por Otaviano, fugindo para Alexandria, e Marco Antonio seguiu-a, mas o restante da esquadra foi obrigado a se render. No ano seguinte Otaviano derrotou Marco Antonio novamente, desta feita em Alexandria. Cleópatra refugiou-se no mausoléu que havia mandado construir para si mesma. Marco Antonio, informado de que a rainha estava morta, cravou a própria espada em seu ventre. Entretanto, ainda não havia morrido quando chegou a notícia de que Cleópatra estava viva. Ele pediu para ser levado até ela e morreu em seus braços. Otaviano entrou em Alexandria e fez de Cleópatra sua prisioneira. Procurou mantê-la viva e saudável, pois pretendia levá-la a Roma em seu triunfo. Com o passar do tempo ela percebeu que não poderia chegar a um acordo com o vencedor. Por outro lado, estava com 40 anos e não conseguiu seduzir o romano que tinha 33 anos de idade. Optou pelo suicídio e, ao que parece, fez-se picar por uma serpente naja. Morria, assim, no ano 30 a.C., a última soberana do Egito independente, uma das mais fascinantes mulheres de todos os tempos. |
Para ver mais |
Queria saber se você conhece algum site que tenha cartões egípcios para serem enviados. |
R – Para enviar por e-mail cartões com imagens do Egito, visite o seguinte endereço: |
A seguir: PERGUNTAS INTERESSANTES PARTE 2 |
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