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MENINAS JOGANDO

Como ninguém é de ferro, os antigos egípcios também tinham seus momentos de lazer. Eles não queriam passar o dia todo carregando cevada e trigo. Inventaram, então, alguns jogos de tabuleiro bem interessantes. Mas tinham ainda jogos agitados, muitos com conotações religiosas e funções mágicas. Até inimigos podiam resolver pendências jogando. Por sua vez, as crianças se divertiam como se divertem as de hoje em dia: usando a imaginação e correndo, saltando, lutando e lançando mão de brinquedos. Estes podiam ser primitivos, às vezes confeccionados pelas próprias crianças, ou mais elaborados, se alguém os fabricasse para elas.

Vamos jogar uma bolinha que ninguém é de ferro. Você com certeza já ouviu alguém dizer uma frase desse tipo, ou algo parecido. Pois os antigos egípcios pensavam da mesma maneira. Numa canção datada do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), muito usada pelos trabalhadores que navegavam no Nilo, eles entoavam:

Temos que passar todo o dia
carregando cevada e trigo?
Os celeiros estão cheios,
montes estão saindo pela abertura.
As barcaças estão sobremaneira carregadas,
O grão está transbordando para fora,
Mas insistem que trabalhemos.
É o nosso coração de cobre?

A egiptóloga brasileira Margaret Marchiori Bakos comenta: Verificamos que, de diversas maneiras, em jogos quietos ou nos muito agitados, explicitamente homenageando um deus ou em atitudes descontraídas, os antigos egípcios demonstraram que era preciso, em certos momentos, deixar o trabalho de lado e divertir-se. Ela também esclarece que muitos jogos da antigüidade tinham uma função mágica e que os deuses e sua mitologia costumavam permear as atividades lúdicas. Um exemplo frisante disso é a deusa Hátor, cujo epíteto a qualifica explicitamente como a deidade de todos os prazeres. Outro egiptólogo, Pierre Montet, afirma que os egípcios eram jogadores. Os esposos e os amigos jogavam por passatempo. Até os inimigos podiam resolver por meio do jogo um diferendo qualquer.

Em síntese, os jogos de tabuleiro eram muito comuns no antigo Egito e pessoas de todos os níveis sociais os jogavam. Muitos deles foram achados por arqueólogos, mas as regras que explicavam como jogá-los não sobreviveram. Estudando os tabuleiros dos jogos e outras evidências, os peritos fizeram algumas suposições sobre a forma como eles poderiam ter sido jogados. Entre os jogos de mesa podemos citar o senet, o cobra circular e o jogo do escudo. O primeiro aparece em inúmeras cenas pintadas nos túmulos e, ao que parece, era muito popular e acessível a todas as camadas sociais. Quanto ao segundo, estava associado à divindade conhecida como Mehen. Do terceiro restaram apenas tabuleiros, mas nenhuma indicação de como funcionava.

Outro jogo muito parecido com o senet era o "das vinte casas", chamado tjau pelosJOGO DAS VINTE CASAS egípcios. Um velho passatempo que data dos tempos de Império Antigo, sobreviveu até o Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.). Os tabuleiros mais velhos existentes foram feitos durante a XVII dinastia (c. 1640 a 1550 a.C.). Ao lado vemos um exemplar desse jogo, cujas regras não conhecemos. Apenas sabemos que era disputado por duas pessoas usando cinco peças, as quais parecem ter sido as mesmas empregadas no senet. A partida se iniciava com as peças colocadas nas áreas não quadriculadas das laterais da superfície. Os jogadores as moviam na direção das casas laterais e depois avançavam para o centro do tabuleiro. Grande parte dos tabuleiros tinha alguns quadrados especiais, marcados com rosetas ou inscrições como, por exemplo, ankh nefer (vida boa), hesty merty (você é louvado e amado), e dizeres semelhantes. Uma caixa com tabuleiro desse jogo encontrada pelos arqueólogos apresenta, na outra face, o tabuleiro do senet.

Em dois túmulos da I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.) foram conservadas lindas séries de peças de jogos em marfim. Entre elas as mais comuns são leões e leoas, mas existem outras muito curiosas representando uma casa de teto pontiagudo formada por três compartimentos, ou semelhantes ao rei e à torre do nosso jogo de xadrez. Os peões são cilindros cuja extremidade superior, arredondada, termina por um botão. Com o passar do tempo as primeiras peças que tinham apenas formas geométricas simples, como cones ou carretéis, foram ficando mais elaboradas. No Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) o espírito militarista fez com que passassem, às vezes, a ser moldadas como arqueiros ou prisioneiros de guerra manietados. De maneira geral, os tabuleiros dos jogos de mesa podiam ser confeccionados com madeira, pedra, barro, materiais valiosos como ébano e marfim, ou serem apenas desenhos simples riscados no chão. Por sua vez, os movimentos das peças eram determinadas por pequenas hastes, ossos de animais e, a partir do final do Império Novo, por dados cúbicos, geralmente marcados com o mesmo padrão que usamos atualmente.

Na tumba de Mereruka, em Saqqara, estão representados vários jogos praticados por crianças. Um deles é o cabrito no chão. Nessa brincadeira dois rapazes sentavam no chão, um de frente para o outro. Estendiam bem braços e pernas, esticavam os dedos das mãos e apoiavam o calcanhar esquerdo na ponta do pé direito. Dessa maneira formavam um obstáculo sobre o qual os demais jogadores deveriam saltar sem se deixarem agarrar. Os jogadores que formavam o obstáculo tentavam agarrar a perna do que saltava para fazer cair o cabrito. O saltador não podia fazer fintas. Anunciava a sua partida gritando: Prepara-te bem! Aí vou eu, camarada! Outra modalidade desse jogo registrado nas tumbas, praticado ainda hoje por meninas ao sul do Egito, depende da agilidade delas em saltar bem alto numa perna só, enquanto agarram a outra perna dobrada para trás. Duas meninas sentam-se diante uma da outra estirando as pernas e uma delas põe o calcanhar em cima dos dedos de um dos pés da companheira. Então, as outras meninas tentam pular numa perna só, uma de cada vez, por sobre o obstáculo formado pelas pernas das garotas sentadas. Se conseguirem, as duas meninas sentadas colocarão seus outros pés em cima do primeiro par para aumentar a dificuldade: agora serão quatro pés e não apenas dois. Se as competidoras conseguirem saltar novamente, as duas meninas sentadas aumentarão a altura colocando suas mãos em cima dos pés. Mas se uma jogadora não conseguir saltar, os papéis serão trocados e a brincadeira prosseguirá.

Um tipo de corrida consistia em correr sobre os joelhos, com as pernas cruzadas, agarrando os pés com as mãos. Também competiam correndo com outra criança nas costas. A atividade de correr atrás de alguém para pegá-lo sempre foi apreciada pela criançada. Outra brincadeira se fazia riscando um círculo na areia e, de longe, atirando paus, bastões ou lanças em um alvo marcado dentro da roda desenhada. Um grupo de crianças podia se divertir muito com uma brincadeira bem simples: uma delas se agacha no chão e tenta pegar no pé daquelas que se aproximam, provocativamente, e fogem antes de serem agarradas.

Lutas corporais também eram praticadas e parece que eram muito apreciadas, pois há várias representações delas. Por tais relevos pode-se deduzir que as regras eram semelhantes às da luta livre moderna, na qual os oponentes podem bater em qualquer parte do corpo do adversário. Datadas do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) aparecem cenas de luta tipo romana, na qual dois atletas se empenham em fazer o adversário tocar o chão com as duas espáduas. Os contendores eram pintados de cores diferentes para serem melhor individualizados. Brincar de guerra usando paus como armas pode ter sido não apenas um jogo para os meninos, mas um treino realmente sério para as batalhas.

Uma brincadeira que as crianças brasileiras conhecem com o nome de corrupio já era RELEVO DA TUMBA DE MERERUKA mostrado em relevos do antigo Egito. Nele, duas pessoas em pé colocam os pés em contato pelos dedões. Uma delas se inclina para trás, amparada pelas mãos da outra. Ambas giram: uma ereta como um pino central e a outra, inclinada, rodopia ao redor. É preciso manter a harmonia do movimento e o equilíbrio perfeito. Os egípcios chamavam esse folguedo de erguendo a parreira, por compararem a tontura que ele causa com a sensação da embriaguez. Correr atrás de um aro é outra brincadeira que praticamos ainda hoje. No Egito dois jogadores competiam impulsionando o arco rapidamente. Cada participante segurava um bastão curvo para impedir que o adversário lhe arrebatasse o aro. Era necessário realizar manobras precisas com o corpo e ter observação acurada, particularmente porque o bastão era usado tanto para puxar o arco, quanto para impedir que caisse ao chão.

O cabo de guerra é outro jogo que já existia entre os egípcios. Ao invés de usarem uma corda ou um cabo, as crianças faziam uma corrente humana e riscavam uma linha no solo separando as duas equipes. Os chefes de cada grupo ficavam frente a frente segurando-se pelos braços e apoiavam a planta de um dos pés na planta do pé do adversário. Enquanto isso, atrás deles, cada participante agarrava a cintura do companheiro da frente. As equipes puxavam os adversários para seu território e seria vencedor o grupo que conseguisse fazer o time contrário atravessar a linha demarcatória do chão. Essa brincadeira ainda é praticada atualmente na zona rural egípcia. Uma variante dessa contenda é descrita por Pierre Montet: As crianças jogavam todos os jogos que não exigiam grandes meios. Se o número de rapazes chegava, dividiam-se em dois campos. Em cada campo, cada jogador passa os braços em volta do camarada que o precede. Os dois primeiros defrontavam-se pé contra pé, cruzavam as mãos e esforçavam-se mutuamente por se derrubarem. Os que estavam à retaguarda, encorajavam o seu chefe de fila: O teu braço é mais forte do que ele, muito mais. Não o largues! Os outros respondiam: Este campo é mais forte do que tu. Agarra-os, camarada!

As crianças também ainda não esqueceram até hoje do jogo de pular. Nessa brincadeira,PEÇAS DA BILHARDA uma espécie de pula-sela, dois participantes sentam-se no chão frente a frente com as plantas dos pés se tocando e os braços esticados por sobre as pernas, formando uma barreira. Um terceiro jogador corre e pula por cima da barreira e sempre que é bem-sucedido os outros levantam os braços para dificultar ainda mais o próximo pulo. Esse jogo ainda é praticado hoje nos campos egípcios e se chama khazza lawizza. Jogos com bolinhas de gude também são muito antigos. Duas bolinhas de pedra, uma branca e outra preta, e três pequenas pedras formando um arco parecem ter sido usadas no que pode ter sido uma espécie de mini-boliche. Durante o Império Médio pode ter sido jogado o que se chama hoje de bilharda. Nesse jogo um pedaço de madeira com pontas afiladas é golpeado, numa das extremidades, por um pau comprido para que salte e, então, é novamente golpeado para longe enquanto ainda está no ar. Na imagem acima, objetos desse jogo. As infrações às regras, em qualquer brincadeira, eram frequentemente punidas com violência contra o trangressor que podia ser chutado, espetado e até mesmo pendurado e açoitado com varas.

Meninas e meninos faziam exercícios físicos e compartilhavam seus jogos, sendo vistosMENINAS JOGANDO frequentemente juntos correndo e saltando. A diferença parece estar no fato dos meninos preferirem jogos de equipe, enquanto as meninas geralmente participavam de brincadeiras menos competitivas. As meninas menores, trepadas nas costas das maiores, alvejavam-se com bolas. Uma destas duplas também podia correr atrás das outras tentando capturá-las. As meninas, além disso, lutavam corpo-a-corpo. Numa brincadeira arriscada, duas meninas crescidas colocavam-se costas contra costas e estendiam os braços para a direita e para a esquerda. Outras quatro menininhas, colocando os pés contra os de duas outras, agarravam estas quatro mãos estendidas e, de corpo rígido, ficavam suspensas. A um comando, todo este aparelho rodava três vezes pelo menos, a não ser que uma queda interrompesse o jogo.

Mas o passatempo preferido delas era a dança. Todas as meninas deviam saber dançar, e não apenas aquelas que desejavam tornar-se bailarinas profissionais. Elas gostavam de realizar uma dança na qual atavam uma bola nas tranças. Seguravam, então, um espelho ou uma vara esculpida e davam voltas, saltavam e faziam contorções enquanto as companheiras, em círculo, entoavam cânticos alusivos a Hátor e batiam palmas. As garotas se ajudavam mutuamente no aprendizado de tais movimentos. Os relevos também mostram meninas tentando realizar malabarismos com três bolas de couro ao mesmo tempo, evitando que caíssem ao chão. Numa outra cena, meninas são vistas chutando uma bola com as pernas e passando-a de uma jogadora para outra, talvez num primitivo jogo de futebol. Movimentos de flexibilidade e jogos de destreza preparavam as jovens para as exibições rituais das louvações aos deuses ou dos ritos funerários e até para a participação nas festas populares.

Brinquedos bastante criativos foram feitos pelos antigos egípcios com madeira, osso, marfim, cerâmica e pedra. Foram encontrados piões, matracas, zarabatanas e pequenos machados de guerra. Os mais variados materiais eram usados para confeccionar bonecos: tecido, madeira pintada, argila vitrificada e pedra. Meninas brincavam com bonecas representando núbios e algumas tinham os membros articulados. Figuras humanas e de vários animais, bem como cubos, barcos e aros, foram encontradas em uma aldeia de operários da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.). As crianças egípcias também brincavam com imitações de animais feitos de madeira, com bocas articuladas e rodinhas e cordas para serem puxados. Gatos com olhos de vidro e crocodilos estavam entre os preferidos. Um rato de madeira apresenta um fio que é puxado para fazer o rabo do bichinho subir e descer. Eram igualmente conhecidos bonecos que mexiam braços e pernas e que podiam ser postos para dançar puxando-se cordas. Miniaturas de camas ou de outros móveis para brincar com bonecas já encantavam as pequenas egípcias. Bolas eram feitas de canas de papiro secas e amarradas firmemente; de tecido ou de couro cozido recheados com papiro, palha, corda ou crina. Como nemCROCODILO DE BARRO todos podiam dispor de brinquedos complicados e caros e estando o barro à disposição de qualquer um, adultos e até as próprias crianças mais habilidosas fabricavam objetos com ele. Daí surgiram bonecas, figuras de animais, como esse crocodilo bem acabado com 5 centímetros de comprimento datado da XII dinastia, e outros artefatos para brincar. Até bolas eram feitas de barro pintado, ocas e cheias de sementes.

Qualquer menina hoje em dia gosta de brincar com bonecas e as pequenas egípcias de BONECAS 3000 anos atrás não eram diferentes. Algumas dessas bonecas eram fabricadas pelas próprias garotas com madeira, argila, pedra, tecido e barbante, mas outras eram mais elaboradas e indicam a autoria de um adulto. Bonecas feitas em madeira pintada podiam ser bastante estilizadas. A decoração do corpo era feita com motivos geométricos como quadrados, triângulos, losangos e risquinhos. Às vezes os quadriculados lembram um possível tabuleiro de jogo. Os cabelos eram preparados com argolinhas de tamanhos e formas diferentes trespassadas por um cordão. Acima três exemplares de bonecas da XII dinastia pertencentes ao Petrie Museum of Egyptian Archaeology, de Londres. Da esquerda para a direita: parte superior de uma boneca de madeira, com 8,5 centímetros de altura, na qual ainda restam traços da pintura decorativa; boneca de madeira sem o rosto, com 14,3 centímetros de altura, que originalmente possuia pernas articuladas; boneca de fainça azul com pernas que terminam nos joelhos, com 9,4 centímetros de altura.

Embora as bonecas mais simples pudessem ser facilmente feitas em casa pelos pais ouBRINQUEDO COM ANÕES irmãos da criança, o fato de que muitas são semelhantes entre si e sua decoração estandartizada sugere que deveriam existir também produtos comerciais produzidos por fabricantes profissionais de brinquedos. Com certeza o brinquedo que vemos acima, produzido em marfim, é obra de um habilidoso artesão. Foi encontrado num túmulo da XII dinastia e deve ter custado caro ao seu comprador. É formado por três pequenas figuras, muito bem modeladas, representando pigmeus, dançarinos bastante requisitados nas festas da nobreza. As esculturas se encaixam com folga sobre uma base também de marfim e giram para a esquerda ou para a direita quando são puxadas as cordinhas que estão presas em roldanas na parte de baixo do artefato. Esculpidos com um certo grau de realismo, os corpos são mostrados deformados, as pernas estão arqueadas e as faces demonstram o esforço do exercício. Os anões usam tipos diferentes de colares. A peça tem 7,8 cm. de altura, 15,8 cm. de comprimento e 4,5 cm. de largura. Detalhe: a dona do brinquedo era uma menina chamada Hapi.

Durante o Império Novo o crescimento geral do padrão de vida refletiu-se também nos brinquedos. Os chocalhos para bebês, antes feitos de cerâmica dura e facilmente quebrável, foram aperfeiçoados e fabricados com esferas de cana de papiro tecidas contendo seixos bem pequenos. As esferas terminam em um cabo, longo o suficiente para serem balançadas e produzirem um agradável som. Chocalhos semelhantes a estes ainda são vendidos por ambulantes nas ruas do Egito moderno. As meninas começaram a pedir bonecas mais realísticas e foram criadas figuras bem modeladas de cerâmica, bronze ou madeira, algumas até com braços e pernas articulados. Também articulado é um brinquedo que pode ser visto no Leiden Museum, na Holanda, o qual representa um trabalhador que executa um enérgico movimento de moer trigo quando se puxa uma cordinha atada aos seus quadris.

Crocodilos e sapos que mexem a mandíbula eram outros artefatos queSAPO DE MARFIM entretinham as crianças. O Museu Egípcio do Cairo possui um pássaro de pedra cuja cabeça móvel balança sobre um pino: com um suave empurrão a ave bicará a comida espalhada em uma pequena laje à sua frente. Outro pássaro tem a parte inferior do corpo arredondada e atuando como uma cadeira de balanço. Um leve toque na ponta da cauda e o animal ficará bicando por um longo tempo. Cachorros e bois de madeira, um macaco também de madeira muito bem acabado e com braços móveis, ratinhos de pedra, cavalos, cavaleiros e bigas de fina pedra calcária ou de cerâmica, macacos que bebem de uma vasilha, raposas e seus filhotes, frequentemente modelados em forma semi-humana como os animais dos atuais desenhos animados, estão entre outros brinquedos desenterrados pelos arqueólogos. Esse sapo de marfim pode ter sido bem mais do que um simples brinquedo, pois os sapos estavam associados com fertilidade, criação e regeneração.


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