Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu Hórus de Edfu

HORUS DE EDFU


Introdução
Touro Ápis
Touro Mnévis
Touro Buchis
Babuíno
Chacal
Lobo
Íbis
Leoa
Gata
Falcão

Sol no Horizonte

Hórus de Edfu
Hórus Antigo
Hórus Menino

Hórus, Filho
de Ísis


Olho de Hórus
Filhos de Hórus Deus da Guerra Leão
Escaravelho

Carneiro de Amon

Carneiro de Khnum


Escorpião
Deus Terra

Guardião dos Horizontes

Pássaro Alma
Fênix
Bode
Crocodilo
Hipopótamo
Vaca
Peixes
Abutre

Naja da Colheita

Naja do Cume do Ocidente

Serpente Uraeus

Serpente Apófis

Serpente Defensora

Serpentes do Inferno

Glossário HOME PAGE
 
O DEUS HÓRUS ERA ADORADO NA CIDADE DE EDFU sob uma forma diferente: um disco solar provido de um grande par de asas de falcão. Aqui vemos essa divindade, ladeada por serpentes uraeus, representada num friso de arquitrave na tumba do príncipe Amonher-Kopchef, um dos filhos de Ramsés III (c. 1194 a 1163 a.C.). A lenda narra que no reinado de Rá, não o deus-Sol, mas um rei primitivo do Alto e Baixo Egito, as tropas reais estavam na Núbia quando o soberano foi informado de que havia uma conspiração contra ele no Egito. Parecia que os conspiradores estavam sendo ajudados por forças malígnas ou talvez fossem demônios cujo lider era Seth. O rei navegou pelo Nilo em direção ao norte e, ao chegar a Edfu, ordenou a seu filho Hórus que combatesse o inimigo. Hórus voou pelo firmamento, tomando a forma de um disco solar com asas e, ao avistar o inimigo, desceu voando para o ataque. Inflingiu tantos danos aos rebeldes que eles fugiram. Como recompensa por essa proeza, o rei conferiu ao seu filho o título de Hórus de Edfu.

OS INIMIGOS, ENTRETANTO, ainda não estavam derrotados. Transformaram-se em crocodilos e hipopótamos e atacaram o barco de Rá. Novamente Hórus e seus seguidores venceram os adversários, harpoando-os de dentro do barco. Assumindo novamente a forma de um disco solar alado e permanecendo estacionário na proa da embarcação, Hórus perseguiu os sobreviventes por todo o Alto e Baixo Egito, inflingindo-lhes terrível derrota. Ele degolou Seth na frente de Rá e arrastou-o pelos pés por todo o Egito. O disco alado é uma personificação do próprio conceito de vitória, já que as asas são um antigo símbolo de liberdade e o Sol representa o poder do deus Rá.

NA SEGUNDA PARTE DESTA LENDA os personagens mudam um pouco, pois Hórus, o filho de Rá, é substituido de forma confusa por Hórus, o filho de Osíris. O líder dos adversários continua sendo Seth, renascido e, agora, inimigo de Osíris. Seth assume a forma de uma serpente e a luta prossegue por todo o Baixo Egito até atingir as fronteiras da Ásia. Hórus toma a forma de um cajado com uma cabeça de falcão e uma ponta triangular em forma de lança e, novamente, sai vencedor. Para garantir sua vitória, ele navega em direção ao sul, até o Alto Egito, para pôr fim a uma outra rebelião. Como recompensa por esse triunfo, Rá decreta que o disco solar alado deve ser colocado em todos os templos e santuários de todas as divindades como proteção contra os inimigos.

ESSA DIVINDADE FICOU conhecida como Hórus de Edfu ou Hórus de Behdet (Heru-Behdety, em egípcio), por ter sido cultuada nas duas cidades, nas quais templos foram erguidos em sua honra. Edfu, cujo nome egípcio antigo era Mesen, situava-se no Alto Egito e os gregos, tendo associado o Hórus de Edfu ao seu deus Apolo, deram nome de Apolinópolis Magna à cidade. Nela o deus fazia parte de uma tríade, tendo Hátor como esposa e Harsomtus como filho. No Alto Egito a divindade também era adorada na antiga Nekhen, a Cidade do Falcão, a Hieracômpolis dos gregos e atual Kom el-Ahmar. Por sua vez, Behdet situava-se na região ocidental do delta nilótico. Seu nome atual, Damnhour, deriva da antiga palavra egípcia dmi-
-Hor
e significa Cidade de Hórus. A forma mais usual de representação da divindade era a de um disco solar alado colocado sobre as portas de seus santuários. Alternativamente era mostrada como um falcão pairando sobre o faraó nas cenas de batalha, com as garras segurando o mangual da realeza e o amuleto símbolo da vida eterna. Ainda pode aparecer como um homem com cabeça de falcão usando a coroa dupla, ou como um falcão, também com a dupla coroa. Um de seus símbolos é o cajado com cabeça de falcão com o qual o deus Seth foi destruído. Acima, um falcão colossal de granito cinza da entrada da sala hipóstila do templo de Edfu.