A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas A Padroeira das Mulheres Grávidas

A PADROEIRA DAS MULHERES GRAVIDAS


Introdução
Touro Ápis
Touro Mnévis
Touro Buchis
Babuíno
Chacal
Lobo
Íbis
Leoa
Gata
Falcão

Sol no Horizonte

Hórus de Edfu
Hórus Antigo
Hórus Menino

Hórus, Filho
de Ísis


Olho de Hórus
Filhos de Hórus Deus da Guerra Leão
Escaravelho

Carneiro de Amon

Carneiro de Khnum


Escorpião
Deus Terra

Guardião dos Horizontes

Pássaro Alma
Fênix
Bode
Crocodilo
Hipopótamo
Vaca
Peixes
Abutre

Naja da Colheita

Naja do Cume do Ocidente

Serpente Uraeus

Serpente Apófis

Serpente Defensora

Serpentes do Inferno

Glossário HOME PAGE
TUÉRIS ERA A DEUSA-HIPOPÓTAMO que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com uma peruca feminina, com patas de leão, um ventre generoso de fêmea grávida, mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Sua aparência grotesca visava, provavelmente, prevenir contra os espíritos malígnos e combinar os poderes terríveis do hipopótamos, do leão e do crocodilo na proteção da mãe e de seu filho. Ela simbolizava a fecundidade, sempre velando pelas parturientes e facilitando os nascimentos. Além de amparar as crianças, essa divindade também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono. Os egípcios chamavam-na de A Grande e o termo foi traduzido para Tuéris pelos gregos.

A DEVOÇÃO POPULAR para com os grandes deuses sem dúvida existia mas — diz o egiptólogo Alan Shorter — há indícios de que as massas incultas preferiam quase sempre se entregar à proteção de divindades mais rústicas, que provavelmente se interessariam mais por suas modestas aspirações e interesses. Uma delas era a deusa Tuéris, a quem as mulheres grávidas do Egito Antigo se dirigiam pedindo um parto feliz. Embora não existissem templos dedicados a ela, há evidencias de que o seu culto fazia parte dos rituais celebrados nos altares domésticos. Além disso, é comum o aparecimento de sua imagem na decoração dos objetos de toalete e de outros de uso familiar, mostrando suas virtudes de protetora, pois ela é terrível quando defende sua prole. No contexto funerário, mãe do rei e dos mortos, ela os acompanha em seu renascimento.

ESSA DIVINDADE FOI MUITO REVERENCIADA em todos os períodos da história egípcia e em todos os níveis da sociedade. Supunha-se que as imagens dos deuses tinham poderes sobrenaturais, que possuir uma simples estatueta já proporcionava o amparo desejado e, assim, os egípcios usavam muitos amuletos para se protegerem. Entre o leque de deuses carregados como amuletos, a deusa Tuéris desempenhava um papel especial. Vários amuletos dessa divindade foram encontrados pelos arqueólogos, inclusive em templos, nos quais eles eram depositados como oferendas votivas. O egiptólogo Kurt Lange nos conta:
Três deles, que fazem parte da coleção do Museu de Berlim, foram curiosamente aperfeiçoados para fins mágicos: dois dentre eles estão cavados de maneira que o ventre inchado da deusa tutelar das futuras mães possa receber fragmentos de vestidos pertencentes às suplicantes; o terceiro pode conter leite que se escapa pelas mamas da deusa. Sem dúvida, as mães inquietas, por não poderem elas próprias amamentar seu filho, haviam recorrido a esse rito mágico.

ÀS VEZES ESSA DEUSA podia ser assimilada a outra divindade, da qual ela poderia trazer o toucado. Nas duas figuras mostradas nesta página isso não acontece. A da esquerda reproduz uma peça em faiança egípcia, com 4,56 cm de altura, do Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.), de proveniência desconhecida e pertencente ao Museu do Louvre. Essa é uma das formas mais simples da divindade. Além de não estar associada a outra deusa, já que a argola de suspensão substitui seu toucado, ela está postada sobre as patas leoninas e não, como é de hábito, sobre o nó mágico, símbolo da proteção que ela encarna e que ela oferece àquele que a honra. Observe, ainda, a cauda de crocodilo nas costas.

JÁ A FIGURA DA DIREITA mostra outra peça em faiança, do mesmo período, pertencente à coleção permanente de arte egípcia antiga do Museu da Emory University, da cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. Sua proveniência e função exata é desconhecida, mas supõe-se que ou fazia parte de algum relicário doméstico, ou foi depositada como oferenda votiva em algum templo.


Para ver mais