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O TOURO MNEVIS


Introdução
Touro Ápis
Touro Mnévis
Touro Buchis
Babuíno
Chacal
Lobo
Íbis
Leoa
Gata
Falcão

Sol no Horizonte

Hórus de Edfu
Hórus Antigo
Hórus Menino

Hórus, Filho
de Ísis


Olho de Hórus
Filhos de Hórus Deus da Guerra Leão
Escaravelho

Carneiro de Amon

Carneiro de Khnum


Escorpião
Deus Terra

Guardião dos Horizontes

Pássaro Alma
Fênix
Bode
Crocodilo
Hipopótamo
Vaca
Peixes
Abutre

Naja da Colheita

Naja do Cume do Ocidente

Serpente Uraeus

Serpente Apófis

Serpente Defensora

Serpentes do Inferno

Glossário HOME PAGE
MNÉVIS ERA O touro sagrado venerado como a manifestação terrena do deus , encarado como se fosse o ba, uma espécie de alma, da divindade. Seu nome em egípcio era Menwer e seu centro de culto era a cidade de Heliópolis, na ponta do delta do rio Nilo. Era representado como um touro usando o disco solar e a serpente uraeus entre os chifres. A exemplo do que acontecia com o boi Ápis, um único animal era cultuado de cada vez e, para que ele pudesse ser exposto à veneração dos fiéis, precisava apresentar sobre seu corpo algumas marcas distintivas indispensáveis. A primeira delas era a de ser negro, perfeitamente negro, e outra era que fosse de tamanho superior ao normal. Entendem alguns que ele tinha que ser negro porque simbolizava a terra negra e fértil do delta, mas também se disse que, sendo consagrado ao deus-Sol, era essa a cor que deveria ter, pois é ela que o ardor contínuo do astro imprime ao corpo humano. A mãe do touro Mnévis era a deusa vaca Hesat. Na figura acima vemos uma estela do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.), originária provavelmente de Heliópolis, na qual se lê: Menwer, o arauto de Rá, que trouxe a verdade de Atum. Feito por Qeni.

AIMPORTÂNCIA DESSE CULTO taurino pode ser percebida quando ficamos sabendo que o faraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.), no quarto ano do seu reinado, mandou esculpir uma estela cujo texto se refere aos preparativos que estavam sendo feitos para a adoração do touro Mnévis e a construção de um cemitério para o animal nas montanhas orientais de Amarna, apesar de toda a revolução monoteista daquele período. A atitude de Akhenaton pode ser explicada pelo fato de que no início do seu reinado aquele faraó devia professar algo não muito diverso da religião ortodoxa de Heliópolis. Os arqueólogos, entretanto, ainda não encontraram túmulos do touro Mnévis em Tell el-Amarna. O historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.) afirmou que depois do boi Ápis ele era o animal que os egípcios mais adoravam e que havia quem pretendesse que ele fosse o pai de Ápis, provavelmente querendo dar a entender com isso que o culto a Mnévis precedeu ao culto de Ápis no Egito. Não está claro quando estes cultos começaram. Talvez sejam tão antigos quanto a primeira dinastia ou até mesmo mais velhos. As evidências da existência deles aparecem principalmente a partir do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). Não se sabe quando desapareceu o culto ao touro Mnévis. Provavelmente em algum momento do quarto século da nossa era.

OS ARQUEÓLOGOS ENCONTRARAM, junto ao templo destruído de Heliópolis, apenas duas tumbas do touro Mnévis, datadas dos reinados de Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.) e Ramsés IV (c. 1163 a 1156 a.C.), mas as escavações foram feitas sem muitos cuidados e poucas informações puderam ser obtidas. Diferentemente do que ocorreu com o túmulo dos touros Ápis, que foram sepultados em conjunto no Serapeum, as tumbas dos touros Mnévis eram estruturas individuais enterradas no solo. As câmaras feitas de pedra calcária estavam cobertas por lajes horizontais de granito que formavam o teto. Vasos canopos foram encontrados na sepultura, mas lá estavam provavelmente apenas por motivos ritualísticos e, a exemplo do que ocorreu nos túmulos dos touros Ápis, estavam vazios.